domingo, 21 de junho de 2009

Truth doesn't make a noise

Não sei se algum dia ela já foi capaz de acreditar em mim. Se sim, agora não mais. Minha angustia estava enorme e sufocante; sem motivos, quase se transformando em raiva. Mas não mais. Doeu, muito. Mas já não dói mais. Assim como a confiança dela passou, minha mágoa se foi também. Para bem longe. Partiu sem se despedir, somente com uma passagem de ida. Enquanto ela achava que estava aumentando minha dor, com palavras secas e frias, tentando me tirar a razão, me jogar a culpa... só estava me fazendo um favor, aliviando todo o temor que habitava em mim.
Não sei te dizer como as coisas mudaram tão repentinamente. Acho que, principalmente quando jovens, tudo muda em questão de segundos. Tudo muda em função de palavras. Palavras, que colocavam em jogo minha sinceridade, minha honra. E foram aceitas por ela. Sem choque, sem hesitação. As palavras erradas, interpretadas como verdadeiras, entraram. E eu, saí. Dessa vez, fui sem olhar para trás. Sem tremer, sufocar ou chorar. A longo prazo, descobrirei se fora uma escolha sábia ou não. Estou sujeita a arrependimentos, mas e ela? O que ela fará quando enxergar a verdade e ver que já não estou ao seu lado?
O que podemos fazer quando não encontramos a última peça do quebra-cabeça? Ou, pior ainda, o que fazer quando a temos em mãos, mas não fazemos nada para encaixa-la? Porque, apesar de nunca ter precisado tanto de um amigo como preciso agora, prefiro suportar ficar sozinha até que alguém se habilite pra valer. Não quero metade, meio ou quase. Preciso que alguém saiba retribuir o que eu dou, por completo. Coisa que ela não esteve disposta a fazer. E irei me doar apenas para os que se importam, para os que precisam, para os que saibam dar valor... espero que ainda existam alguns desses por aí.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Todo dia é dia do amor.

Sim, essa é uma carta para meu bem querer, meu confidente, meu chão e meu céu. Acho engraçada a forma como quase não consigo me recordar dos tempos em que ele ainda não havia aparecido nessa vida minha. É normal para mim ter recordações e saudade de tudo que já passou, daquilo que o vento afastou. E não estou dizendo que não as tenho, mas, ultimamente, tenho pensado muito no presente ao invés de me dedicar ao passado. Tal passado obscuro, que nunca me dera tanta alegria como meu presente. Presente no sentido gramatical da palavra, mas que também cai como uma luva no outro sentido. Presente, desses que a gente ganha quando menos espera e passa a vida inteira agradecendo a quem quer que seja que tenha nos dado. Ter ele comigo, mesmo que no pensamento, ultrapassa qualquer concepção que eu já possa ter tido sobre o que é o amor e sobre o que é amar. É diferente, me faz bem, me faz sorrir repetidas vezes, até pelas coisas mais tolas.
Lembrar da gente, das nossas tantas músicas, das intermináveis conversas, das horas que sempre passam como minutos, dos carinhos, tudo... Tudo isso faz com que eu me sinta incrivelmente confortável com ele e, mais importante ainda, comigo mesma. Ele é aquela famosa pessoa que sabemos, de imediato, que será inesquecível. Que nos fará parar e dedicar um dia inteiro de pensamentos só a ela.
É você; A pessoa com quem eu quero dividir meus medos e minhas alegrias, até além do sempre. Você é aquele por quem me arrisco a cruzar todos os limites da comodidade para tentar ser melhor. Você é aquilo que me falta dia a dia, que desejo e persigo. Obra em aberto que me inquieta e me encanta. Sem dúvidas, digo que te amo como nunca amei antes. Apesar de ser pouco, já que o passar do tempo só fará com que esse sentimento cresca, e, tenho certeza, que o meu "eu te amo" de amanhã será bem maior e mais completo do que esse "eu te amo" de hoje. Só me resta deixar aqui um simples agradecimento, além da singela declaração de amor. Obrigada. Obrigada por ser quem você é e por me fazer ser quem eu sou quando estou ao seu lado. Eu te amo!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Felicidade clandestina.

Estava tudo na perfeita felicidade e eu pouco a pouco começava a desconfiar. Dizem que é o que acontece quando se acostuma com o sofrimento. Então, quase que como eu prevera, de repente veio aquela tristeza que não sei ao certo de onde veio, nem para onde irá.. mas de fato sei que essa fragilidade me faz muito mal.
Parei um instante para pensar em todas as coisas que fiz em minha vida, em todas as dúvidas e incertezas, os caminhos que escolhi seguir, os problemas que enfrentei e suas consequências; Pensei em tudo o que já havia feito por algumas pessoas e tudo aquilo que fizeram por mim, em tudo o que coloquei em risco e o que colocaram em risco por mim...
Lágrimas e sorrisos. Noites e dias. Caos e conquistas.. Parei de novo, dessa vez por um instante mais longo, e repensei e repensei... Até que uma pergunta impertinente brotou-se no mais fundo de meu ser: Quais e quantas delas realmente valeram a pena?
As pessoas vão te desapontar. Eu sei disso e até espero por isso, mas e se um dia eu acordar e perceber que eu sou a decepção?

Catorze (parte dois)

Caminhei calmamente até "nosso" lugarzinho, ao lado da cantina. Passaram mais algumas pessoas que ainda não haviam me visto, e sorriam calorosamente a me desejar um feliz aniversário. Brinquei e gastei conversa, até que finalmente o bendito sinal tocou. Enquanto Lelê enganava as pessoas dizendo que o bouquet era dela, eu aguardava impaciente e procurava na pequena multidão, um rosto. Um único rosto... Estava um tanto quanto desesperada pra pular nos braços dele e dizer o quanto eu A-M-E-I. Por um instante, virei de costas pra pegar meu bouquet e acabar com a diversão da Lele, e ele chegou; dando início a minha diversão. Dando-me um susto também, um susto bom que me encheu de calmaria e tranqüilidade. Pedi um momento pra deixar o bouquet a salvo, e ele olhou confuso. Foi quando eu finalmente pude aliviar toda aquela vontade, dar aquele abraço esmagador, sentir cada linha do meu corpo colada no dele e falar que eu tinha amado. Mas não era apenas isso, ia muito além disso, do verbo 'amar'. Eu queria poder descrever tudo o que eu senti, mas as palavras sumiram vendo o encabulamento dele. Mal sabia ele o que, poucos minutos antes, eu passara com suas palavras.
Fiquei ainda mais feliz (acredite ou não, ele está sempre elevando enormemente meus níveis de felicidade) quando ele falou que não precisaria me deixar esperando mais, mesmo sabendo que por ele eu esperaria o tempo que fosse, ele abriu mão, outra vez, de um compromisso. E me comunicou que poderia ir ao meu almoço direto, comigo... Mesmo ficando mais velha, a cada minuto, e principalmente, naquele dia; eu só me sentia mais e mais criança. Porque o sorriso e o olhar dele, e das pessoas que tanto almejavam minha felicidade, me faziam voar, me faziam brincar nos mais diversos tipos de brinquedos que me deixavam incondicionalmente feliz... Então, tudo começou a suceder perfeitamente bem. Mamãe e papai chegaram à escola para nos buscar, o caminho foi descontraído e calmo. Chegamos em casa e eu acabara de ganhar outra carta, que li até a metade e pausei. Sabia que no estado emocional no qual me encontrava, não agüentaria e derramaria lágrimas de novo. E todos já aguardavam e esperavam por isso, mas não era o momento; só queria ver todas aquelas pessoas que eu amo, descontraídas. Famintos, comemos um almoço delicioso e já chegara quem estava faltando. A parte dos telefonemas começou, e era bom escutar a voz de parentes de tão longe, mas me perguntava por que isso acontecia só em aniversários. Não queria achar respostas, não naquele momento mágico. Olhava em volta e via brincadeiras, risadas gostosas, acordes do violão e vozes aconchegantes. Tudo corria em sintonia, tudo corria bem. Foi quando eu pude, sem querer, ter magoado meu amado. Sem pensar, fiquei junto de meu melhor amigo, dando atenção a ele, e trouxe-o a meu quarto sozinho, justamente para lhe mostrar a carta de meu amado, que tanto me comovera. O que eu não via, era o quanto esse ato podia lhe machucar. Mas fui alertada a tempo, e tentei concertar meu erro, então voltei à sala pra junto dele. Mais do que nunca, me sentia em casa. Cercada de tanto carinho, tanta alegria. Meu astral estava multicolorido.
Se eu pudesse guardar cada momento, além de claro, dentro de mim; aquele definitivamente ficaria guardado em uma caixinha, trancado a sete chaves, pra me encher de energia quando eu fracassasse... Tanto aquele, quanto um outro acontecimento que estava chegando, prestes a se apresentar para minha alegria. Uma surpresa que eu desejei e praticamente implorei durante todo o mês. E começou com o “Vamos lá” do dono do meu coração, me convocando a vir para o quarto, pois queria tocar somente para mim. Somente para mim, não foi. Pois Lila e Amanda estavam presentes, mas como elas são partes de mim, praticamente era só para mim.
Envergonhado e nervoso, ele desdobrou seu rascunho e ajustou o violão. Eu o secava admirada.
As primeiras notas foram emitidas, era um som agradável e harmonioso. Cada acorde que passava por meus ouvidos, fazia meu coração bater tão freneticamente que parecia escapar de meu corpo. Cada letra que ele cantava no ritmo, deixava cada célula do meu corpo agitada, se manifestando. Eu o fitava, tentando me concentrar em respirar e não chorar, mas não fui capaz. O ar já entrava gelado, o nó foi se formando e a ardência começou. As lágrimas me entregaram. Entregaram o quanto aquilo me deixava contente, tanto que até fiquei meio tonta, por ter ACABADO de descobrir que a felicidade realmente existia, e que era muito melhor do que tudo o que já me falaram. Por ter milhões de borboletas do tamanho de elefantes brincando com meu estômago... Por ter toda a mágica que eu sempre vi meio falha; finalmente inteira.
A maior parte da nossa vida, é uma série de imagens. Elas passam pela gente como cidades na margem da estrada. Mas algumas vezes, um momento se congela, e algo acontece. E nós sabemos que esse instante é mais do que uma imagem. Sabemos que esse momento, e todas as partes dele... irão viver para sempre. E foi exatamente assim como aconteceu. Ficou em mim. A letra da música era “Quando estou sem você/ O tempo passa devagar/ De repente, do dia pra noite/ Você conseguiu me transformar./ No meu coração/ Só há espaço pra você/ Por toda minha existência/ Não quero te esquecer/ Luisa, você é a brisa da minha vida/ Minha musa, minha companhia/ Você é a onda do meu mar.../ Luisa, você é a água do meu rio/ Sem você minha vida não faz sentido/ E juro pra sempre te amar!" Eu contemplava minha sorte. Ele cantava pra mim e o mundo poderia desabar que eu estaria realizada. A letra soava como minha própria versão de nosso amor, pois ele é a onda do meu mar, todo o resto que ele citou e muito mais. Aquela música, eternizou nossa história. O instante se eternizou, pairou e durou por muito mais tempo do que um mero momento. E lá estava eu, outra vez, pendurada em seus braços, parecendo estar em outra dimensão.

Catorze.

Chegou. E mais rápido do que o ponteiro dos segundos de meu novo relógio; passou.
Foi um dia e tantos. Um dia que eu julgava como apenas mais um, nem tão especial nem tão desnecessário (afinal, nenhum dia é desnecessário), ficou realmente marcado em mim, fez realmente a diferença.
Começou cedo. A ansiedade esteve presente desde o momento em que eu abri meus olhos, a festa também. As flores chegaram com um cartão lindo, e me encheram de força, me preparando para as emoções que estavam prestes a acontecer; acima de tudo, aquele aroma de amor, me inundou de alegria. O celular tocou três vezes, mas eu já havia desligado o despertador. Ah, não era o despertador! Eram mensagens, de queridos que desejavam o meu bem, que lembraram de mim as 6 horas da manhã... Ganhei meu três primeiros abraços apertados. A ida pra escola foi conversando com o papai, não tediante e sonolenta como é na condução. A escola em si, parecia diferente. Ou era minha cabeça girando de curiosidade, felicidade e medo ao mesmo tempo. Eu diria que é bem exaustivo ter tantos sentimentos embaralhados assim.
Entrei sozinha, mas logo encontrei sorrisos, sorrisos maravilhosos, esperando por mim. Vinham muitos, correndo, me abraçando verdadeiramente, me passando tanta energia com esses abraços, e soletravam votos de felicidade gritantes e contagiantes que, em meu ouvido, mais soavam como doces melodias. Ganhei o segundo cartão, lindo e diferente, e já estava sendo difícil segurar meu coração... até que derramei a primeira lágrima. Porém, diferente dos outros anos, minha primeira lágrima do dia vinte e dois não foi de dúvida, insegurança ou tristeza, foi de agradecimento. Por ter ali, palavras reconfortantes e aconchegantes; abraços, sorrisos e alegrias verdadeiras.
Me prenderam na sala, e entravam de um por um pra me cumprimentar com tanta simpatia e desejos. Mas, aquela pessoa que SEMPRE me dá o primeiro abraço sincero do dia em todas as manhãs, aquele cujo meu coração pertence, não chegava... Até que uma voz amiga diz: "Lu, vira de costas e fecha os olhos" É, eu sabia que ele estava ali, com alguma surpresa que faria meu coração ter um colapso nervoso, ou até mesmo sem nada, que não importaria minimamente. Só por ele estar ali. Meu melhor presente em pessoa. E foi isso que importou quando eu me virei; foi ver ele sorrindo, foi sentir o corpo dele perto do meu, foi me entregar em seus braços. Mas, quando o abraço afrouxou, vi que em suas mãos ele trazia outro bouquet. Um bouquet de rosas vermelhas maravilhoso, com uma amarela na frente, se destacando. Foi uma sensação de explosão, pois já não sentia meus pés no chão. Seria impossível descrever a emoção e a felicidade que se formaram dentro de mim; o tempo definitivamente parara naquele momento.
O sinal da escola, aquele estraga-prazeres, sôou cortante e levou meu amor lá pra cima. Mas foi trazendo meus outros amigos, atrazados, que entravam na sala e iam direto pra cima de mim, me assustando e me animando. Uma, passou reto, mas não foi a intenção dela, é normal ela esquecer as coisas... não ia deixar isso colocar a perder meu dia já perfeito.
O primeiro horário passou e eu não conseguia largar meus cartões, ou parar de cheirar minhas rosas. Só tava faltando a melhor amiga chegar, e quando o sinal do segundo horário tocou, eu já conseguia ouvir a risada dela do outro lado da porta. Ela, entrou linda e graciosa, com uma sacola de presente na mão, e me deu o mesmo abraço de agosto do ano passado, quando retornei de viagem.
Estava louca para ler os cartões que eu vira por cima do presente, quando espiei a sacola; mas tivemos que ir pro laboratório, vôou. Corri pra sala e comecei pelo menor cartão, aonde ela só falou palhaçada e besteira, mas isso era ela, e era assim que eu a amava, interamente e completamenta ela. Já no maior, não consegui conter as lágrimas, enquanto toda a sala zumbia e bagunçava, fiquei completamente imóvel em meu lugar lendo aquelas palavras, palavras que tinham vida, que tinham amor e adentraram em mim me fazendo transbordar. Todo o barulhou cessou, e aquelas palavras ficaram dentro de mim, guardadas e protegidas pra todo o sempre. Ela estava ali a frente, estudando; mas não aguentei e levantei as pressas pra lhe dar um abraço longo, enquanto sentia minhas lágrimas quentes caindo em seu ombro e enxarcando seu casaco.
Voltei a meu lugar e mais uma vez, não pude prestar atenção na aula de espanhol, estava tão agitada e tão contente. E, convenhamos, quando eu fico distraída, a aula é rapida; eu queria reencontrar logo meu amado. Prontamente, no meio de meus desvaneios, o sinal que antes fora o vilão, agora era herói. Perdida nas emoções do dia, custei a lembrar que haveria prova daqui a pouco, mas não me incomodaria ir mal, contanto que eu soubesse me deixar ser levada por aquele dia. E foi assim que aconteceu, não precisei nem sequer pisar fora da sala, ele ja veio correndo ao meu encontro. Naquele momento eu tive certeza de que eu não precisava de mais absolutamente nada (não que antes eu precisasse), mas a gente podia fugir e sumir, ficando só nós dois, ja seria uma comemoração além de perfeita. Ele me entregou uma carta, um tanto quanto grande, duas paginas preenchidas com seus pensamentos, seus sentimentos e sua letra linda.
A curiosidade estava a flor da pele, me matando. Mas ele não queria que eu lesse, e eu não queria desmoronar na frente dele. Também, como nem tudo é um mar de rosas, como as rosas que ele me dera, eu precisava relembrar a matéria. Então, me conformei em só ler aquele passaporte para felicidade, comovimento e lágrimas, após a prova.. Estudamos, e ele ali presente o tempo todo pertinho de mim, me ajudando e me achando, certamente, uma anta que não sabia nada sobre geografia. E mesmo com o bedel reclamando, e eu agoniada tentando gravar nomes e acontecimentos sem pensar sobre o que estava escrito naquela carta, o recreio foi especial. Como sempre é quando estou com ele. No meu dia-a-dia, diria que sem dúvidas, o horário do recreio, aqueles míseros vinte minutos, são os minutos mais bem gastos e mais bem aproveitados do meu dia.
E não existe verdade maior do que "o que é bom dura pouco". O recreio correu e me escapou, levando novamente meu amado lá pra cima, e eu ao meu lugar isolado na minha fileira de prova. Sempre sento na primeira carteira, não ter ninguém a minha frente me dá maior poder de concentração. Mas quis deixar aquele meu espaço especial, para o meu bouquet, e me sentei na segunda. A prova começou, e correu tudo bem. A carta estava no bolso da minha calça, e ela pesava, quase que berrava dizendo 'Leia-me'. Acabei rápido e estava segura. Pedi pra moça me deixar ler uma carta, que não possuia absolutamente nenhuma cola, mas fui repreendida. Me restou deitar, continuar agradecendo por tudo o que estava acontencendo, e por ainda ter 13 anos. Minhas ultimas horas com essa idade, estavam incríveis.
Combinei comigo mesma, de que iria olhar em volta e analisar as pessoas, observando cada movimento que tais faziam, o olhar de dúvida que atingia alguns olhares a cada questão que liam... mas isso poderia ser interpretado como aluna que tentava colar. Então era melhor arrumar outra coisa pra fazer. De repente, o aroma e a cor de minhas rosas, chamaram minha atenção e me enfeitiçaram. Puxei elas pra perto e fiquei cheirando, a cada expiração que eu dava, meu pulmão ganhava vida. Não só pelo cheiro ser delicioso, mas também pelo significado delas... me deixou boba. Eu estava disposta a contar pétala por pétala, porque tudo aquilo multiplicado por infinito, não chegaria sequer perto do que eu sentia pelo dono do presente. Mas uma voz me trouxe de volta a realidade, era o Carlos pronunciando "pode liberar". Isso não me animou muito, teria que esperar mais uma hora e tantos pra ver quem eu realmente queria ver. Mas, voltei a ficar animada quando reparei que não, não estaria com ele, mas estaria com suas palavras. As que me deixaram nervosa e completamente anciosa... finalmente reveladas.
Entreguei minha prova correndo e vôei dali, não quis comentar sobre a prova com ninguém, muito menos ir lá pra frente e ficar conversando a toa com as meninas, quis ficar sozinha. Não, eu não estaria sozinha, estaria muito bem acompanhada e protegida com o que ele teria a me dizer. Então sentei no chão, respirei fundo e desdobrei as folhas cuidadosamente. Logo nas primeiras palavras, um arrepio se espalhou por todo o meu corpo, e aquela ardência que dá no nariz e nos olhos, começaram. Eu tremia, e as lágrimas eram obstáculos malignos me distorcendo aquela letra linda. Eu poderia me obrigar a parar, levantar e tomar água, pra poder ler tranquilamente e nitidamente. Mas, eu tinha certeza de que eu não teria tanto auto controle assim. Lutei contra a imagem borrada, tentando abafar o soluço do meu choro. As lágrimas me encharcaram, tentei então ler em voz alta e ajusta-la até ficar firme. Mas minha voz tremia tanto quanto minha mão, e não saia.. um nó enorme tampava minha garganta.
Demorou, mas consegui terminar de ler. Consegui também reprimir a vontade exagerada que eu tinha de subir aquelas escadas, e roubar ele daquela sala de aula pra mim. O que eu não consegui, foi parar de desmoronar de felicidade, foi engolir o choro e controlar o treme-treme. As palavras dele giravam em minha mente, mas não me deixavam confusa, me deixavam... existe uma definição para uma alegria interminável e gostosa, que seja maior do que FELIZ? Porque o que eu sentia, ia totalmente além da felicidade. Achei que iria morrer sem ter alguém pra me dizer essas coisas tão lindas, alguém que descrevesse exatamente o jeito como EU me sinto, mas falando sobre ELE. Eu sabia que guardaria aquelas palavras comigo para todo o sempre, e foi por isso que apertei o papel em meu peito, infinitamente agradecida, pra que passasem alguma palavra caso eu tenha esquecido. Aquele momento, ficaria pro resto dos tempos. Depois de chorar tudo o que eu tinha, me deixar levar sem me censurar, eu li e reli milhões e bilhões de vezes, achando a cada nova vez que eu começava por aquele "Mell dells" que eu não iria chorar, mas me surpreendendo com minhas glandulas lacrimais. Me surpreendendo com o efeito que aquelas sílabas faziam surtir em mim... Não queria nem me mover, não escutava nada. Até que alguém me tocando e perguntando se eu tava bem, veio atrapalhar meu momento. Não iria dar nenhuma longa explicação, esclareci dizendo que era a prova. Reclamando e me contorcendo, levantei devagarzinho e empurrei as lágrimas quentes que ainda restavam. Olhei no relógio, 12:22. Daqui a pouco ele desceria, e não seria nada bom ele me ver assim, então guardei aquele papel, que mais era uma GRANDE parte de mim agora, junto as flores, e fui obrigada a me recompor.

O amor sempre será a força guiando nossas vidas.

João disse para Maria que jogassem migalhas de pão pelo chão para que pudessem achar o caminho de volta para casa, porque perdê-lo seria a pior coisa do mundo.
Ano passado, eu perdi meu caminho. Perder o caminho é desastroso, mas perder o ânimo para a jornada... é infinitamente pior. A jornada durou 8 meses: algumas vezes, eu viajei sozinha. Algumas vezes, outros é que tomaram o leme... e também meu coração. Mas uma vez alcançado o destino, não fui eu quem chegou. Com certeza, não fui eu.
Quando você se perde, tem duas opções: encontrar a pessoa que você era... ou perdê-la por completo.
Porque, as vezes, a gente tem que ser diferente do que sempre foi e lembrar de como deveria ser. De como a gente queria ser. De como a gente é.

A data.

Querendo ou não (e de fato, ela não queria), aquela data estava chegando. Viveu muitos anos se perguntando porque a data a incomodara, tentou também por muito tempo ignorar esse desafeto, e se acostumar. Formulou traduções e pensamentos mirabolantes que explicariam essa arrogância pela tal, mas não pôde. Talvez no fundo até gostasse da data, que a tempos trouxe alegria incontável para quem a esperou. Porém, não achava graça e não sentia o frio na barriga, a ansiedade; contagem regressiva? Jamais. O rumo que os dias antecedentes e decorrentes tomavam, a aterrorizava, a cortava. Virava tudo uma bagunça, e ela não precisava de gente que nunca ligou ou demonstrou, fazendo-os porque era sua data. Sua data? Ninguém é tão pequeno a ponto de ser limitado a 24 horas... Obviamente, ela gostara de se sentir especial. Adorava presentes, homenagens, abraços apertados e votos de felicidade, tudo isso é vida; ela era completamente louca por vida. Chame-a de estranha, mas não se sentia confortável quando tinha isso apenas em uma dia qualquer que tantos dizem ser magnífico... não passava de mera obrigação. É egoismo querer se sentir amada todos os dias? Querer surpresas e emoções diariamente?! Talvez sim, talvez não. Enquanto todos seguiam uma linha de pensamento e se minimizavam (ou não) em um único dia, ela queria apenas ser lembrada sempre. E quem a amava sempre, se adaptara a sua linha própria de pensamento.
Contraditória, pra variar... pensou também que deveria enfrentar de uma vez por todas esse seu medo (aceitar as pessoas sumidas que ela achava que se esqueciam dela, os presentes quase-que-obrigatórios, e o carinho; afinal, não se nega carinho). Quebra-lo em coragem, para crescer. Colecionando data por data daquela, e ela estaria grande. Num futuro tão próximo, que ela desejara poder afastar. Apesar da palavra "crescer" não combinar minimamente com ela, as novidades combinavam. E era disso que o futuro tratava: de novidades. Se lembrou de ano passado ter dito que não queria o futuro, pois não queria crescer (e continua não querendo), mas o futuro que chegou a ela foi inexperado e bom. Incrivelmente bom. Não foi o bicho de sete cabeças que ela pensou que seria. Entre temer ou não o futuro, ela escolheu ignora-lo e pensar no presente. Seu presente sim, era digno de sua coragem e empenho.

1:23

Parada na calada da noite, naqueles raros e preciosos momentos de reflexão, de pausa, batimentos calmos e as vezes, sombrios. A uma hora daquelas, depois do lindo dia que teve, poderia estar sonhando... Sonhos, eternos sonhos de criança, com seu príncipe encantado em um bosque distante, borboletas e pássaros; daqueles sonhos que dói acordar, que são eternos. Mas, por um instante indefinido preferiu deixar os olhos bem abertos, a mente ligada e livre, solta na imaginação, flutuando no silêncio. E percebeu ali, quase que com um surto, que a realidade de seus atuais dias, também era boa, muito boa por sinal, quase tanto quanto seus sonhos. Isso não deveria ser díficil, não deveria ser raro, mas pelo menos pra ela, isso era.
Levantou e com passos lentos, sentou-se na janela. Naquela noite haviam estrelas, muitas delas na verdade, e estavam bastante nítidas. Sentiu-se mais iluminada do que nunca ao ver que perto da lua, as estrelas formavam um sorriso. Um frio na barriga e a pele arrepiada, ela sabia quem o tal sorriso estrelar lembrava.
Os números do relógio mudavam, mas sua fascinação por aquele sorriso, permanecia... Conseguiu ver além do sorriso, diversas coisas. Algodão doce, palhaço, elefante, bicicleta, picolé, arco íris. Tudo parecia estar dançando, bem ali a sua frente, tudo tão real e mágico. A magia estara presente em seus dias como nunca atualmente. Ela só queria poder abrir a janela, deixar seu corpo e sair voando com sua alma, ao encontro das formas conhecidas e familiares, juntando-se na dança com elas. Mas se perguntou que forma ela queria, ou deveria ser. Se ela pudesse escolher... o que ela se tornaria? A dúvida a inundou, tão confusa estava. Quase que tamanha indecisão se transformou em tristeza, mas não ali, não naquela noite estrelada.
Quantas decisões equivocadas estariam sendo tomadas naquele exato momento? Quantos erros estariam sendo cometidos, palavras erradas estariam sendo pronunciadas, quantas atitudes fatais estavam sendo efetuadas? Tantas màs escolhas e tanto arrependimento a longo prazo. Ela não queria isso. Queria não o certo, mas o que a faria feliz, o que a encheria de orgulho, o que a afastaria do arrependimento. Queria o maluco, o duvidoso, o seguro. Não queria controlar o futuro, jamais. A graça é não saber o que vai acontecer; Queria ser o que a surpreendesse. A resposta não chegaria de imediato, ela sabia. Mas ela pode esperar. É tão cedo. As estrelas estavam guiando ela, e não ela as estrelas. Conduzam-a, estrelas, ela irá com vocês.
E agora, ela está vivendo uma relidade, que mesmo cheia de imaginação, é a mais real, mais bonita, mais sincera e intensa.
Passaram-se longos minutos, e ela ainda conseguia ver a dança, linda dança. Poderia ser loucura, mas uma loucura gostosa, reveladora, contagiante. Poderia passar a noite inteira ali, misturando realidade com imaginação. Que receita boa era aquela, ainda mais com tantas pitadas de felicidade... Mas, desceu da sacada da janela, abriu a cortina o máximo que pôde, deitou na cama e tentou pegar no sono. O que ela viu em seus sonhos, foi diferente. Seu príncipe estava com ela, dançando sob a luz das estrelas que ela vira. Todos dançavam juntos, numa dança interminável de imensidão...

Você me apareceu, foi como um sonho.

Depois de tudo o que eu passei, reencontrei minha felicidade, perto dele. Ele reacendeu um fogo já apagado. Reanimou borboletas já cansadas. Curou e acelerou um coração já machucado. Fez sumir cada duvida, quebrou cada medo. Em um tempo incrivelmente pequeno, fez crescer um sentimento tão grande. É impossivel detalhar o que eu sinto quando tô em seus braços, o que seu beijo faz comigo. Ele é um eterno ladrão. Roubou todos os meus sentidos e minha forma de pensar, ele foi dominando todos os meus instintos, todas as minhas vontades. Com três, apenas três palavrinhas mágicas, transformou um instante em vários, em uma rotina viciante e necessária. Eu tenho tanto amor pra lhe dar, eu quero fazer ele tão feliz. Quero me reapaixonar a cada dia, quero que meu coração continue derretendo feito manteiga quando olhar em teus olhos, quero que tudo isso dure. E por tras de tantos desejos, eu só almejo uma coisa: o amor. Um amor de corpo inteiro, de total entrega.
É tão estranho, parece que ele sabe de tudo o que eu gosto, do jeito que eu gosto. Mais estranho ainda é que perto dele, nada fica na minha cabeça, eu converso comigo mesma em voz alta e não hesito em compartilhar meus segredos e minhas loucuras. Porque aquele sorriso, e aqueles olhos hipnóticos.. como mechem comigo, como tem poder sobre mim! Muito além do estranho, está presente uma sensação que eu poderia, eu realmente poderia estender muito a explicação, ou descrição, para tal sensação, mas que seria desnecessário, pois está gravada em mim, como uma tatuagem.
Lembra das paredes que eu construí? Elas estão desmoronando tão rápido, com tanta facilidade. É dificil permanecerem firmes quando o cheiro dele já esta impregnado na minha memória, e seu abraço, é algo de que eu preciso. Eu não sei o porque nem como eu já estou me entregando tanto, talvez porque ele seja a pessoa que sempre desejei, ele tem tudo pra ser mais que um simples caso, mais que um momento, mais que uma fase. Ele tem tudo pra ser meu amor, minha luz, meu porto seguro. E cada segundo nos braços dele, compensa todo o tempo que eu perdi nos braços de pessoas erradas. E quando mais o tenho, mais o quero.

Você não fazia parte do plano.

Minha cabeça gira mas o mundo parece estar no mesmo lugar. Respiro, e me vejo parada frente a um campo minado, rente a uma batalha. Sem equipamentos, só com um poderoso botão chamado de "auto-destruição", ou, na maioria das vezes, de amor. Ao mesmo tempo que tento entender a cena confusa, me pego com um pé tentando entrar no campo. Para que? Volte pé, me obedeçam pernas. Pensando com a razão de novo? Porque? Coração não quer perder tempo, coração quer se jogar. Você chegou sem pedir licença, furou a fila, empurrou, arranhou. Quem te disse que tinha lugar na minha vida pra você? Ainda assim você entrou, e preencheu cada vazio, tomou cada espaço, ocupado ou não. Trouxe brilho, trouxe cor, trouxe fogo. Trouxe mágica. Mesmo estando tudo completamente bagunçado agora, não consigo tirar você do meu pensamento. Tenho que forçar minha mente a parar de pensar em você. Mas pra que parar?
Eu gosto do brilho, da cor, da chama viva e da mágica. Eu gosto de você, até quando me tira do sério. Fecho os olhos e tento escutar, sua voz me chama ao longe, ela está no campo, na batalha, com armas muito poderosas. Você acabará ganhando. Acabará ganhando meu amor de qualquer jeito. Eu sei que jurei cuidar melhor de mim dessa vez, ficar a salvo, sem ninguém que pudesse me abandonar. Eu me queixei, mesmo sabendo que estava precisando de alguém mais velho. E embora eu tenha sido avisada para viver dia após dia, tem algo tomando o controle agora. Você. Então vou encarar isso, mesmo que mais tarde descubra que tudo não passou de mera imaginação ou desejo. Você pode ultrapassar a linha quando você quiser, estou chamando isto de 'amor em breve'. Feche sua mente e perca algum tempo se você precisar. Estou chamando isto de 'amor em breve'. E não é sobre você, é o que nós somos quando estamos juntos. Esse sentimento não fazia parte dos planos, mas eu sou a pessoa certa pra você. Eu sou sua garota. Estou cansada de ficar sozinha, então corra e venha aqui. Você será tão bom, você será tão bom pra mim. Considere o botão de auto-destruição acionado, e uma batalha imensa por vir.

Cedo ou tarde o amor te coloca em seu lugar.

Quem nunca na vida imaginou que um dia o tempo parou? Pensamentos voam como o vento, pra se livrar, não lembrar de maus momentos. Gostar, gostar de alguém. Se preocupar, querer o seu bem. O primeiro sorriso, a primeira palavra, não desgasta, não há grana que paga. Tudo isso faz parte da vida. Força pra subir, coragem na descida.. Tudo que vai, volta. Sorrindo com a vitória, chorando na derrota. Pensa, relembra, talvez se arrependa.. desta vez aprenda! Quem perdoa será perdoado, quem magoa será magoado. Sei que é difícil parar e escutar, assumir um erro, tentar concertar. Ódio e amor próximos vão vivendo. Nada mais, nada menos, pensamentos.. um sonho para sonhar, ou uma recordação para guardar!

Uma alma com fome.

Quer mesmo saber o que eu penso? Você agüentaria conhecer minha verdade? Pois tome, prove, sinta... Eu tenho preguiça de quem não comete erros, tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco, dos que arriscam, tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres, liberdade de ser, coragem boa de se mostrar, dar a cara à tapa! Ser louco, estranho, lindo, chato.. Eu sou assim, tenho um milhão de defeitos: sou volúvel, tenho uma tpm horrível, sou viciada em gente. Adoro e odeio ficar sozinha, mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço: provoque-me. Me beije a boca, desafie-me. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir... Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome.
Você agüentaria viver na montanha-russa que é meu coração?

E cansa andar o caminho certo pra lugar nenhum.

Hoje não importa quantos anos nós temos, sempre podemos escolher. Desde o momento que comemos a primeira papinha, estamos fazendo uma escolha. Está em cada um de nós a responsabilidade de escolher a sua própria vida, seu próprio caminho. A questão é: ao crescer teremos coragem suficiente para fazer isso? Quando chega um amigo damos adeus à solidão. E agora o verbo compartilhar adquire um significado novo e definitivo. Bate as asas que eu não tenho coragem de voar até o outro coração que me completa e a vida não será a mesma depois de sua chegada. Às vezes o coração escolhe o caminho que parece errado, e se afasta de todos os motivos e de todas as razões. É justamente aí que o caminho se difurca, onde nasce o mais intenso e devorador de todos os amores, o amor impossível.

Rifa-se.

Rifa-se um coração quase novo. Um coração idealista. Um coração como poucos. Um coração à moda antiga. Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário. Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e cultivar ilusões. Um pouco inconseqüente e que nunca desiste de acreditar nas pessoas. Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu "não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...". Um verdadeiro coração sonhador. Rifa-se um coração que nunca aprende. Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural. Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar. Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras. Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros. Esse coração que erra, briga, se expõe. Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões. Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos. Este coração tantas vezes incompreendido. Tantas vezes provocado. Tantas vezes impulsivo. Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto. Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes. Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente e contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções. Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco o seu usuário. Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas: "O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento. Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e se recusa a envelhecer". Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo. Um órgão mais fiel ao seu usuário. Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga. Um coração que não seja tão inconseqüente. Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado. Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo. Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree. Um simples coração humano. Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado. Um modelo cheio de defeitos que mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina. Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos.

Abrir portas do coração.

Ela percebeu que estava já na porta do elevador, parada, imóvel. Perguntando, questionando, hesitando. Fechou os olhos e se recusou a continuar, deu meia volta no corredor. Entre passos e respirações, resolveu que não iria mais nem na rua da desilusão. Fez desse fato um ritual, pra abrir outras portas do coração. Dói assim, um amor que vem. Outro amor que vai. Pode ser a primeira vez ou última vez... Em algum lugar, ela alí imaginou uma canção. Ao enxergar ele passar, bebeu outro gole de ilusão. Feito um milagre naquele momento, ela se cansou de olhar pro chão. Se recusou a lamentar e abriu outra porta do coração. Quantas portas ainda serão fechadas? Pra que fechar? Não quero saber, e não quero nem ao menos encostar. Não permitirei mais portas com profunda teimosia em ficarem fechadas. A partir de agora, portas só serão portas se quiserem abrir, ou pelo menos me garantir que algum dia se abrirão. As fechadas, queimarei. Servem de que? Um coração com portas fechadas, não passa de um mero labirinto sem opções, sem saídas. Permanecam abetas, me dêem escolhas, me dêem amor. Não se preocupem com o vento, insistindo em fechá-las, a tempestade acabará. Enquanto durar, vou segurá-las, firme. E abrindo sempre, uma por uma, e mais uma, e mais uma...

I wish.

Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém. Assim, sem precisar procurar no meio da multidão. Alguém que me levasse ao cinema e, depois de um filme sem graça, me roubasse gargalhadas. Alguém que segurasse minha mão e tocasse meu coração. Que não me prendesse, não me limitasse, não me mudasse. Alguém que me roubasse um beijo no meio de uma briga e me tirasse a razão sem que isso me ameaçasse. Que me dissesse que eu canto mal e que eu falo demais e que risse das vezes em que eu fosse desastrada. Alguém que me olhasse nos olhos quando falo, sem me deixar intimidada. Alguém com qualidades e defeitos suportáveis. Que não fosse tão bonito e ainda assim eu não conseguisse olhar em outra direção. Alguém que me encontrasse até quando eu tento desesperadamente me esconder do mundo. Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém imperfeito. Feito pra mim!
(encontrei)

A verdade sobre a verdade.

Se existem verdades absolutas neste mundo, uma delas é que todos nós temos medo de sofrer. Assim , ingenuamente tentamos controlar as situações ao nosso redor, como se isso fosse possível... Obcecados por esse desejo de nos proteger, gastamos nossa energia e nosso tempo tentando controlar os pensamentos, as atitudes e até mesmo os sentimentos das pessoas que amamos e que, sobretudo, desejamos que nos amem. No entanto, não nos damos conta de que a vida se baseia no imprevisível, no incontrolável, no surpreendente! Nenhum sentimento é garantido, nenhuma conseqüência é revelada antecipadamente. O futuro é totalmente incerto. E apesar da tamanha imprevisibilidade, temos em nosso coração toda a possibilidade de conquistarmos o que e quem amamos, o que é muito diferente de controlar, prever ou obter garantias! Muitas pessoas não conseguem encontrar um amor, não se entregam a uma relação profunda e verdadeira simplesmente porque estão, todo tempo, tentando obter certezas. As perguntas não param de gritar, as dúvidas não têm fim e o medo de se deparar com a dor parece assombrar milhares de corações, impedindo-os de enxergar uma outra possibilidade, tão plausível quanto a de sofrer. Será que ele(a) me ama? Será que vale a pena perdoar e tentar de novo? Será que ele(a) não vai me trair? Será que não estou sendo idiota? Será que não vou sofrer mais do que ficar sozinho(a)? Será? Será? ... O que será, eu responderia com muita tranqüilidade, não importa agora! Na verdade, nunca importará! A pergunta correta é : Eu quero? Quando aprendermos a responder, com respeito e responsabilidade, nessa simples perguntinha teremos previsto qualquer possibilidade. Sim, porque o amor é uma chance, uma oportunidade; não uma garantia; nunca uma certeza! Podemos vive-lo conforme nossa vontade, de acordo com o nosso coração ou... Passaremos a vida inteira tentando controlar o incontrolável, garantir o incerto! Jamais teremos como saber se o outro está sendo fiel, se o amor que sentimos é correspondido na mesma medida, se vamos sofrer ou seremos felizes. Jamais saberemos do amanhã ou do outro. Então, que usemos nossa inteligência, a despeito de todo o medo que isso possa nos fazer sentir. Ou seja, que possamos, de uma vez por todas, abrir mão dessa tentativa inútil de controlar o amor, a vida e o outro e nos concentremos em nós, em nosso coração e em nossos reais objetivos! Descobriremos que nos ocupar com nossos próprios sentimentos já é trabalho para a vida inteira. Descobriremos que agir conforme nossa vontade é o bastante para que nos sintamos preenchidos, embora possamos mesmo vir a sofrer... Simplesmente porque o sofrimento é uma possibilidade tão possível quanto a felicidade! E digo mais: só conseguiremos entrar de fato no coração de alguém, mesmo sem termos certeza disso, quando tivermos a audácia e a coragem de nos entregar ao imprevisível; quando conseguirmos compreender que a segurança é mérito pessoal, interno, sentimento que não se pode ter em relação a ninguém além de nós mesmos. Portanto, para todas as pessoas que têm me perguntado sobre qual é o segredo para viver o amor sem sentir tanta insegurança, tanto ciúme e tanto medo de sofrer, aproveito esse momento para responder: o segredo está em saber se você quer, se você realmente quer! Porque se você quiser e realmente fizer por merecer, agindo você com sinceridade, qualquer possibilidade de dor e sofrimento valerá a pena. Porque quando a gente quer de verdade, com o coração, a magia do amor nos faz entender que sofrer faz parte do caminho e, no final das contas, é tudo crescimento, aprendizagem, evolução e, por fim, a tão desejada felicidade! E não que ela esteja no final do caminho ou no final da vida, simplesmente porque ser feliz é isso: entregar-se ao imprevisível e aceitar a dor e a alegria como partes do amor!

Rebelde.

Inegável, crescemos com vocês. Acompanhando casa fase, cada momento, enfim, uma evolução. Em 2004 começava longe, naquele país de gente feia com cara de índio: Rebelde, mais uma novelinha adolescente. Com um formato um tanto quanto tradicional: uma rebelde sem causa, uma perua riquinha, uma certinha pobre, um playboy milionário, um mocinho vingativo e um palhaçinho interesseiro. Mas era, de fato, só o começo. Do México para o mundo, mais de 65 países, Brasil. Tio Silvio, bundão, com um acordo com a Televisa decide exibir a 'novelinha adolescente' em horários cachorros que mudavam a cada semana. Incontrolavelmente, a audiência crescia, chegando a picos que alarmavam o sucesso. A cada 'Y soy rebelde' da abertura, a cada 'Que dificil es ser yo' da minha Mia Colucci, a cada briga DyR, sorrisos e lágrimas, e não sei a partir de que momento, mas aos poucos, foi surgindo a necessidade, o amor. E na primeira vinda ao país, tragédia. Desorganização, 3 mortes, muitos feridos, muitas lágrimas. E por mais incrível que possa parecer, foi nesse momento que eles criaram um laço único com aqueles fãs que por eles choravam, gritavam e até mesmo morriam. Fãs brasileiros. Assumidamente, a segunda casa. Foi só o começo... Estimávamos eternidade, em agosto foi noticiado 'o fim'. Entre começos, reinícios, pausas e fins, percebemos que há coisas que o tempo não apaga, a intensidade não permitiria. Mais que uma tragetória, uma história. Mais que uma banda, uma família. Mais que amor, necessidade. Em vocês encontrei a parte que faltava em mim; Encontrei a fé outra vez...

Sinônimo de amor é sofrer.

Está ali, dormindo sobre a alma, à espreita, espera um momento oportuno para despertar. Só precisa de um coração seguro para começar a semear o horizonte de desertos. O medo é seu aliado que abre a porta e uma vez que ele se instala a paz se torna impossível. Ninguém abre a porta mas ele entra assim mesmo. O medo se instala em nossa vida e nossos olhos passam desconfiança. Existem muitos medos, o medo do perigo, do que é diferente, do desconhecido, mas talvez todos os medos sebaseiem em um só, o medo de não sermos amados.

Juventude e sonhos.

Juventude, fase de sonhar, acreditar que somos donos da verdade, muitas vezes nem sabendo qual seria essa verdade. Época em que acreditamos que tudo na vida é fácil, que podemos resolver todo e qualquer problema, sem nem ao menos saber como podermos enfrentá-los. Tempo de se revelar, fazer tudo sem medo, acreditando que nada vai acontecer com você. Seria porque você é jovem e acredita ser “imortal”, “insensível” ou então destemido? Acredita que nada do que você faça vai dar errado, ou que seus atos não terão nenhuma conseqüência. Ser jovem é estado de espírito. É aprender a viver com seus erros de passado e com a idéia de tentar corrigi-los, seja no presente, ou no futuro. É aí então, nessa época, que percebemos que somos um pouco maiores, que já estamos um passo à frente da infância onde trocamos carrinhos e bonecas por um amor. Onde começamos a viver outra vida em que deixamos de acreditar que nossos pais são nossos heróis e passamos a pensar que nós mesmos somos os heróis de nossas historias. Porém, heróis que por mais que se achem fortes, ainda precisam de ajuda. Então você percebe que na adolescência você pode viver no céu ou no inferno; você pode amar e ser amado, ou amar e não ser correspondido; pode acreditar que tudo é para sempre, ou então perceber que o para sempre, sempre acaba. Você pode fazer tudo o que quer, ou quase tudo; pode ter coisas que você não fará por medo e vai acabar se arrependendo depois, outras coisas você não fará e depois vai perceber que essa decisão foi a correta. Você vai rir em horas que a única coisa que poderia fazer era chorar, ou então, vai chorar sem motivos; vai fazer barulho quando todos pedirem silêncio; vai querer ser bailarina e minutos depois vai sonhar em ser astronauta; vai perceber que você poderá ser o orgulho de seus pais, ou então, poderá fazer com que eles tenham uma grande decepção. Ser jovem nada mais é do que uma fase, um momento da vida em que você busca liberdade, sempre acompanhado pela força, vitalidade, sonhos, utopia e vulnerabilidade. É querer tirar proveito de tudo. É simplesmente viver.

Amargo.

Só por um momento eu queria que você valorizasse todo o tempo que eu perco pensando em voce, todo o tempo que eu perco fazendo coisas pra voce. Só por um instante eu queria que você falasse uma palavra que me fizesse sorrir, e não chorar. Apenas por um minuto eu queria que você falasse apenas verdades, e não mentiras que você insiste em dizer que é verdade. Apenas por um tempo eu queria que você valorizasse todo esse sentimento, todo esse amor. Acho que agora eu aprendi que, quando você se dedica demais a alguem, você esquece de si mesmo. Eu fiz muitas coisas por você, mas quase nada por mim, acho que chegou a hora de eu amadurecer e perceber que voce nao vai mudar, por mais que eu queira.
O que mais dói é olhar para trás e ver decepção atrás de decepção, felicidades atras de felicidades, mas nunca ver um 'eu te amo' atras de outro 'eu te amo'. O mais dificil é saber que eu estive do seu lado o tempo todo, fiz de tudo para você me notar e você me tratou como apenas mais uma. Eu só queria saber o que teria acontecido comigo e com voce se eu nao tivesse te amado com toda minha alma... Será que você seria assim? Será que eu seria mais feliz? Será que um dia você teria olhado para mim e pensado 'é voce'? É humilhante sempre cair, levantar e dar aquele sorriso forçado, dizendo que tudo está bem enquanto meu coração está se partindo aos pedaços.
Vendo assim chega a ser engraçado, na hora eu sempre acho que você me ama, eu me iludo, mas depois vejo o que voce faz, e isso só me faz cair mais uma vez. Só pensa nisso e tenta melhorar, pense consigo mesmo que eu tenho aguentado isso à um bom tempo para desistir agora. Eu te amo por nós dois, meu amor é grande demais pra voce, alguém tão sem capacidade para valoriza-lo.
Ainda acho que um dia vai valer a pena; Tudo o que eu fiz por ti, todas as vezes que eu me arrisquei pela gente, todas as vezes que eu deixei de fazer o que eu queria fazer só pra te ver sorrir, todas as vezes que eu fiquei acordada até tarde só pra não te deixar sozinho, todas as vezes que eu me prejudiquei pra te ajudar, todas as vezes que eu te enchi de palavras carinhosas e não pedi nada em troca. Todas as vezes que eu fui atrás de você, todas as loucuras que eu fiz, todas as vezes que eu fiquei cega de amor e me entreguei sem pensar duas vezes. Um dia isso tudo vai valer a pena, e por mais que você não enxergue isso agora, um dia vai ficar bem claro pra ti. Resta saber se nesse dia eu ainda vou estar disposta a fazer tudo isso de novo, porque amar é entregar... Coisa que você não esteve disposto a fazer.

Condição de incompreendida.

Nada aqui é bem coerente, ou voce fica ou sai logo. O tempo está aí, e ele participa simetricamente com as batidas frequentativas emitidas por um órgao maior. Na verdade, estamos indo para algum lugar ou vamos ficar parados? Eu nao quero ficar parada! O tempo vai deixar marcas no rosto, vai deixar feridas no coração, o tempo vai fazer tudo se resolver, vai dar fim ao tudo. De tempo, não nos resta muito. Eu vou ficar parada, por enquanto. Mas quero me mexer. Eu vou escutar quando a sua cançao tocar, mas eu vou, e tu vem, mesmo sabendo que dói esperar. Impressiona a capacidade de cura da tua voz, só isso! Você não precisa entender, é tão pequeno pra mim.

Tantas coisas.

As vezes um forro de prata as vezes não é suficiente para fazer alguns erros parecerem certos. O que quer que a vida traga, tenho sido paciente com tudo e agora, caio de joelhos de novo. Devo continuar, embora eu me fira, devo ser forte (ou pelo menos parecer forte), porque dentro de mim eu sei que muitos pensam desse jeito.
­De repente o céu está caindo sobre mim, será que é tarde demais? Então eu começo a pensar se você está esperando por mim, é só aí que reconheço que não posso viver sem você.
Espero que você ao menos possa notar pelo meu olhar, o que eu sinto, o que eu penso. As pessoas dizem que os olhos são as janelas da alma, mas nessa situação eu peço para que sejam as janelas do meu coração. Quero que você fique sabendo o que você faz comigo: me deixa vazia. Tudo isso sufoca. Meu amor por você é o maior do mundo, se você ao menos conseguisse dar valor a ele.

Buscando a paz.

Hoje, depois de tantos anos, abri os olhos e notei que não gosto da forma como vivemos. Dói na alma saber que existem guerras, fome, pobreza, doenças, morte. Esvazia meu coração saber que esquecemos de onde viemos; Que estamos matando uns aos outros, mesmo sendo irmãos; Que uns têm demais e outros não têm nada; Que uns dariam tudo por um minuto a mais de vida e outros se suicidam; Que uns se queixam de coisas estúpidas enquanto outros estão quase morrendo, mas com um sorriso.
Hoje o mundo me fez pensar por que atualmente contam mais as cirurgias estéticas; Por que a socidedade nos impõe estereótipos do que asseguram ser "a beleza", nos vendem revistas, massagens, cortes de cabelo e sala de cirurgia. Porque de repende decidimos mudar tudo? É muito triste como o ser humano se deixa levar pelas coisas físicas, pelas aparências, pelo superficial, e deixa de lado o mais importante. E sabe o que me perguntei hoje? Por que não há comprimido, nem cremes, nem massagens para ser uma pessoa melhor, para saber perdoar? Porque não existe uma lipoaspiração para tirar o rancor, o orgulho e a dor que existe no mundo todo? Por que não existe um implante de consciência, de compaixão, de perdão? Por que não existe uma cirurgia para trocar tanta infidelidade, tanta libertinagem, tanta confusão, por amor? Realmente a tristeza me invadiu ao abrir os olhos e ver em que se transformou nosso mundo.
É tão fácil julgar e tão difícil reconhecer nossos erros! É tão fácil criticar e falar dos outros e tão difícil aceitar e amar a nós mesmos. Isso é triste, mas afinal temos de lutar por nossos sonhos sem ligar para o que digam de nós. Eu sei que você tem uma missão e uma vida diferentes da minha; eu sei que você, como eu, quer amor, paz, que preencher esse vazio que ás vezes faz com que deixemos de lutar; Sei que você quer que o mundo volte a ter sentido.
Eu gostaria que déssemos valor á vida, ás pequenas coisas que tornam grande nossa estrada nesta terra. Queria que um sorriso iluminasse nossa alma, que um beijo nos levasse ás nuvens e, ao voltar, queria que todos recebessem um abraço sincero, um "te amo". Que déssemos valor ao amor verdadeiro. Que aonde houver maldade, semeemos a paz. Que você e eu, pouco a pouco, sejamos seres humanos melhores, que não nos percamos no caminho fácil da vida, que desfrutemos, mas conscientes de nossos atos para sermos altamente livres e aceitarmos que todos somos diferentes e que até seu pior inimigo é um ser único que também está a procura da felicidade. A vida sempre vai nos apresentar desafios, e está PROIBIDO renunciar: Temos que nos levantar e seguir.
LEMBRE-SE: cuidado com as saídas fáceis.

Nome e sobrenome.

As vezes, por mais que você esteja no lugar mais indicado ou no lugar mais feliz, sempre tem algo que acontece que faz com que você sinta que a luz começa a se apagar, sente como se tivessem tirando sua força e você não entende o que é isto. O triste é quando esse sentimento tem nome e sobrenome. O triste é deixar que algo ou alguém rompa o nosso coração. Deveria ser contra lei, tal injustiça e covardia. Eu só queria poder acreditar que se nós acreditarmos que somos fortes, tudo vai mudar algum dia.
Então vamos ficar um pouco mais próximos agora. Apenas viva a sua vida um pouquinho para mim. Você pode ficar se você quiser, e lhe direi o quanto você sempre foi especial para mim. Você pode ficar se você quiser, e eu tentarei manter você perto de mim.

Sonhos.

Todo ser humano possui sonhos. Sonhos grandes, sonhos pequenos, sonhos. Sonhos nascem a cada dia, a cada hora, a cada minuto. Sem percebermos um sonho nasce dentro do nosso coração. Sonhos nos motivam a viver, a continuarmos caminhado. Vivemos, na verdade, na busca da realização dos nossos sonhos. Às vezes, pessoas que estão ao nosso redor tentam matá-los com palavras de pessimismo. Acham que, se não podem realizar seus sonhos, as outras pessoas também não merecem realizar os seus. Puro egoísmo. Muitas vezes, achamos que não conseguiremos realizá-los, que eles estão muito distantes de nós. Ou achamos que não merecemos, porque não somos ninguém. Se não acreditarmos neles, os perderemos. Temos que tirar do baú os sonhos, caso contrário, eles envelhecem e assim não conseguiremos mais realizá-los. A realização vem da luta, esforço e persistência. Caminhar ao lado de pessoas que nos motivem a sonhar e a persistir nos mesmos, é muito importante. É um passo para a realização deles. Mesmo que tudo leve a pensar que parece impossível, não desista do seu sonho. Busque forças dentro de você.

Descobri sem querer, a vida.

Mesmo sabendo que talvez seja insignificante pra você, sinto necessidade de expor o que por tanto tempo ficou guardado em minha alma. Quero que saiba que de alguma forma a energia que você transmite a cada olhar, me dá forças para seguir vivendo, mesmo quando nada se encaixa, mesmo quando nada tem mais razão. Quero que saiba que as suas palavras foram as que sempre me acolheram, que sempre me indicavam o caminho certo a seguir e que as suas atitudes me alertaram que nem tudo está perdido, que se olharmos para dentro saberemos ao certo o que fazer, basta ouvir sua criança interior, deixando suas antigas crenças te dominarem. Quero que saiba que a cada dia você me ensina uma maneira diferente de viver, uma maneira mais alegre, mais esperançosa, mais bonita, mesmo estando tão longe... Quero que saiba que você é o meu exemplo, a minha base, e que quando crescer tornarei de suas palavras, a minha lição de vida. E finalmente, quero que saiba que é a sua voz, que me adormece todo o dia, e que por meio de sonhos e delírios, realiza minha ilusão de um dia te encontrar e poder dizer o quanto a sua existência mudou a minha vida, Anahí.

Overdose de dores.

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade de um filho que estuda fora. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.

O que importa é saber que seu sorriso é meu

Alguma vez você ja sentiu uma enorme vontade de fugir e deixar o coração?
- Pois é, longe de você, tenho sentido isso todos os dias.

People

"Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas pode começar agora e fazer um novo fim."

Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade. Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los.
Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura o bastante ainda. Ou nunca serei.