quinta-feira, 11 de junho de 2009

Abrir portas do coração.

Ela percebeu que estava já na porta do elevador, parada, imóvel. Perguntando, questionando, hesitando. Fechou os olhos e se recusou a continuar, deu meia volta no corredor. Entre passos e respirações, resolveu que não iria mais nem na rua da desilusão. Fez desse fato um ritual, pra abrir outras portas do coração. Dói assim, um amor que vem. Outro amor que vai. Pode ser a primeira vez ou última vez... Em algum lugar, ela alí imaginou uma canção. Ao enxergar ele passar, bebeu outro gole de ilusão. Feito um milagre naquele momento, ela se cansou de olhar pro chão. Se recusou a lamentar e abriu outra porta do coração. Quantas portas ainda serão fechadas? Pra que fechar? Não quero saber, e não quero nem ao menos encostar. Não permitirei mais portas com profunda teimosia em ficarem fechadas. A partir de agora, portas só serão portas se quiserem abrir, ou pelo menos me garantir que algum dia se abrirão. As fechadas, queimarei. Servem de que? Um coração com portas fechadas, não passa de um mero labirinto sem opções, sem saídas. Permanecam abetas, me dêem escolhas, me dêem amor. Não se preocupem com o vento, insistindo em fechá-las, a tempestade acabará. Enquanto durar, vou segurá-las, firme. E abrindo sempre, uma por uma, e mais uma, e mais uma...

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